José Maria Martins

Blogue do advogado José Maria Martins

domingo, fevereiro 07, 2010

Este Governo e o PS não têm credibilidade - Portugal está igual e tem piores expectativas que a Grécia

O Presidente da República disse há dois dias que Portugal não está como a Grécia.
Regista-se a tomada de posição do PR, que seria a única aceitável.
Só que a realidade das economias não se modifica com palavras, ou estados de alma.
A situação económica está péssima em vários outros países, o que torna as coisas muito dificeis para a economia portuguesa, fraquinha, emparedada entre Espanha a Norte e Este e pelo Atlântico, mais os interesses da Maçonaria do GOL e milhares de corruptos e vampiros que sugam os subsídios, e vivem de esquemas, sem nada produzirem.
Quem lê a edição de hoje do The Times, ou a do El País, ficará com os cabelos em pé.
Portugal/Espanha/Itália/Reino Unido e mesmo o estado americano da Califórnia , estão a passar por situações muito graves.
Isto depois do Dubai ter tido problemas e da Islândia ter ficado na Bancarrota.
A verdade é que Grécia tem mais e melhores condições para sair da crise mais depressa.
A Grécia tem imensas ilhas, um solo muito pouco fértil, esteve 400 anos nas mãos dos turcos, guerras de libertação no Sec. XIX, ditaduras no Séc. XX.
Mas dispõe de melhores condições para sair da crise e tornar-se competitiva.
Portugal pelo contrário tem agora e terá no futuro piores condições. Por certo que Portugal vai ficar muito fragilizado não lhe restando outra saída do que receber o mesmo tipo de apoio mas que é ao mesmo tempo de contigentação e ingerência estrangeira da Grécia.
Depois, a Grécia é um Estado que tem fronteiras com vários outros - com a Macedónia, a Albânia, a Bulgária , a Turquia, a Itália - e por isso não está limitado geograficamente como está Portugal.
Tem muitos mercados próximos, um turismo florescente e um Povo trabalhador.
Portugal não tem gente nova para trabalhar, pois a grande maioria emigra. Portugal não tem fontes de energia baratas e competitivas. Portugal não tem agricultura. Portugal não tem pescas. Portugal não tem indústria textil nem do calçado competitivas.
Portugal tem mais de 2 milhões de pobres. Portugal é um imenso lodaçal onde a corrupção campeia e a mediocridade é favorecida, a Justiça está dominada pelo Poder Político e os seus mandarins de controlo.
O jornalista do jornal The Times , na edição de hoje, referindo-se à situação grega diz que : "At the heart of it must be a determination to root out corruption" , ou seja no centro disso tem de estar a determinação para acabar com a corrupção.
Ora, sem a corrupção de que comiam e como enriqueciam tantos individuos que cavalgam o Poder em Portugal?
Em Portugal fala-se em corrupção mas não há vontade de a combater.
Em latim diz-se "venire contra factum proprio". Isto é, os que detêm o Poder, e são beneficiários da corrupção, não podem matar a galinha dos ovos de ouro deles mesmos!
Assim, tudo aponta no sentido de mais cedo ou mais tarde Portugal sair do Euro. Mais cedo ou mais tarde as Forças Armadas agirem ou mesmo haver uma guerra civil.
Por isso, a grande resposta à crise, a maneira inteligente de combater a especulação internacional contra a frágil economia portuguesa, a forma de transmistir credibilidade aos mercados internacionais é só uma, haver já uma chicotada psicológica, como se diz em futebol: O Presidente da República demitir o Governo; nomear de imediato outro de iniciativa presidencial; iniciar o combate à corrupção em força; baixar salários de políticos, altos quadros do Estado e das autarquias, das empresas públicas, dos governos regionais ; aprovar um Orçamento de Estado mais adequado e marcar novas eleições para daqui a 1 ano, de forma a estabilizar a economia, fazer as reformas necessárias; parar o TGV e o Novo Aeroporto.
Esta solução em nada ofende os tratados internacionais de que Portugal é parte, a Constituição , antes reforçaria a confiança internacional em Portugal.
O pantanal tem de ser tratado.
Este Governo e Sócrates, bem como toda a linha de apoio do PS e da Maçonaria que o sustentam , têm de ser parados.