A quem serve uma Justiça desacreditada e sem força para combater os que têm Poder? - Para onde caminha Portugal?A lição das Milicias e das Ordenanças

Estava aqui a acabar de ler um livro muito interessante: "O Combate de Albergaria", da autoria de Delfim Biusmarck Ferreira e Rafael Marques Vigário, editado pela Câmara Municipal de Albergaria-a-Velha, neste ano de 2009.
O livro versa a Segunda Invasão Francesa a Portugal, em 1809 , e os combates na Região de Aveiro/Mealhada/Ovar/Albergaria-a-Velha/Estarreja.
O livro dá-nos uma visão de como o Povo Português, organizado em Ordenanças e Milicias, enquadrado por oficiais portugueses e ingleses, combateu os invasores franceses e os derrotou.
E indica-nos, por freguesia, os nomes dos mortos no Povo Português, pelas balas e barbárie dos sanguinários franceses, através dos registos paroquiais.
De entre os portugueses em armas, no combate ao invasor, há a salientar o chamado "Corpo Académico" , composto pelos estudantes e lentes (Professores) da Universidade de Coimbra, que pegaram em armas, e resistiram , ajudando a derrotar as tropas francesas. Mais de 54 mil franceses!
E quando lia o livro - que recomendo como tónico para sentirmos orgulho em nós, no Povo miúdo, nos seus mais valorosos - veio-me à memória toda esta trapalhada do processo "Face Oculta", que tem o seu epicentro no DIAP de Aveiro, terra de meu querido pai, já ido.
Portugal está pela hora da amargura, precisamente por causa dos que, devendo lutar pela vitória da Justiça, da Economia, do Bem Estar do Povo Português, abalam para longe da luta, como D. João VI abalou, mesmo tendo o Rei Inglês lhe garantido que punha em Portugal 10 mil soldados e que se enfrentaria a Primeira Invasão, o que seria fácil, uma vez que as tropas napoleónicas , comandadas por Junot, chegaram aos "bochechos", a Lisboa, e seriam facilmente derrotadas!
Estamos agora, em 2009, num tempo histórico em que não é aceitável baixarmos os braços, deixar de combater os delinquentes, sejam eles quem forem.
Não podemos fazer o que muitos portugueses fizeram, indo a França oferecer vassalagem a Napoleão, traindo Portugal, lutando contra os seus concidadãos.
José Sócrates não pode ter qualquer tipo de tratamento desigual em relação a qualquer outro suspeito.
Agora não são jornalistas, ou cartas anónimas, a dizer que Sócrates fez isto ou aquilo.
Agora é um magistrado do Mº Pº de Aveiro e um Juiz de Instrução Criminal, de Aveiro, a verem indícios da prática de crime por parte de José Sócrates nas escutas efectuadas a Armandeo Vara. "Atentado ao Estado de Direito" será o crime, o que é muito grave.
Portugal deve ter uma Justiça livre, sem pressões, com força e autonomia, para perseguir criminalmente seja quem for.
Portugal está a mostrar à União Europeia que não é um Estado Democrático, que a sua Justiça não tem força.
Os magistrados não podem ter receio de retaliações do Poder Político.
O Conselho Superior da Magistratura e o Conselho Superior do Ministrério Público se forem confrontados com posições de força dos magistrados do Mº Pº e Judiciais, sem medo, nada podem fazer.
Os políticos se encontrarem pela frente magistrados fortes, sem medo, perdem.
Os políticos perdem o braço de ferro com a Justiça.
Esse braço de ferro, forte, rijo, de desassombrados, entre Magistrados e Políticos vai levar à vitória da Justiça e da Democracia e da Liberdade.
Sabemos bem que com o actual modelo constitucional o Presidente da República nada pode. cavaco Silva não tem poder, nem tropas. O PS faz o que quer.
O PS está apoiado pelas lojas maçónicas , pelo poder dos serviços secretos e de segurança e por isso tem controlado o Poder Judicial, que neste momento está de rastos.
Eu conheço imensos magistrados que são homens e mulheres com elevado sentido ético, com vontade de lutarem contra os prevaricadores.
A esmagadora maioria dos magistrados são pessoas de bem, são democratas e pessoas com elevado sentido ético e de Estado, fartos da miséria que há em Portugal, mas que têm receio do Poder Político , que os pressiona via Conselhos Superiores e barões da maçonaria e pode estragar as suas carreiras.
Vamos lutar por Portugal, seja quem for o PM prevaricador, seja de que partido for.
Portugal, o nosso orgulho, a nossa honra , o nosso futuro está acima do poder dos Políticos do PS, ou de outro partido.
Façam os magistrados o que o Povo fez nos episódios contados no livro que vos citei.
Portugal sempre teve homens enormes, com coragem, que fizeram com que o Principe cercado em 1128, no Castelo de Guimarães, se tornasse no esteiro de uma cultura e Poder Universal, em todos os continentes.
Nunca tão poucos fizeram tanto!
Que se criem as condições, através do combate cívico, ou outro, para revitalizar Portugal.
Magistrados do meu país, pela Justiça, pela Democracia, pela Liberdade contra os prevaricadores, sejam quem forem e tenham os cargos que tiverem!
Se for necessário criar um "Corpo Académico" à escala nacional, estamos cá.

À carga!