"Justiça à Portuguesa" - Um livro incómodo, uma obra a ler

Está nas livrarias o livro "Justiça à Portuguesa", que é um livro composto por entrevistas a vários operadores da Justiça: Advogados, PGR, Magistrados, polícias e ex-polícias, jornalistas.

Só para dar alguns exemplos, o livro recolhe depoimentos do PGR, do Bastonário da Ordem dos Advogados, do ex-Director do CEJ, Conselheiro Armando Leandro, do Desembargador Calheiros da Gama, de Moita Flores ex-PJ, de José Alho (GNR), de Carlos Cruz, de Gonçalo Amaral (Ex-PJ), de Nuno Nazareth Fernandes (jornalista), de Oliveira Marques, (primeiro comandante do GOE da PSP), de Viola da Silva (Intendente da PSP), de Isaltino Morais (Presidente da CM de Oeiras), de José Maria Martins,advogado e autor deste blogue.

O retrato que é traçado da Justiça Portuguesa, da Sociedade Portuguesa, da existência de uma Justiça para pobres e outra para ricos, a influência nefasta da Maçonaria, a pobreza, a má governação de Portugal, é deveras triste,sobretudo triste.

Um livro a ler, porque não é uma obra académica, mas sim o resultado de vivências concretas, de experiências do dia a dia na Justiça.Da ineficácia do sistema e da necessidade de uma reforma profunda, que corte com práticas que passaram de instituição a instituição, sem obediência ao princípio democrático, aos ventos do Tempo Presente na Europa e no Mundo, apenas o retrato, a preto e branco, de uma realidade que nos afunda eocnomicamente e nos vai levando para as margens da Europa, da cultura, dos direitos humanos, da Ideia de Justiça e de Modernidade.