A espantosa prosa política de José Sócrates ou a trapalhada do PS no caso Elisa Ferreira e Ana Gomes

Depois do PS ter decidido que não podia haver candidatos a Câmaras Municipais e a Deputados na Assembleia da República, o Portugal ético , o Portugal culto, o Portugal respeitável , pensou que o PS tiraria todas as consequências e deixaria de propor - porque é o PS que propõe - a Elisa Ferreira e Ana Gomes para as Câmaras do Porto e de Sintra.
Todavia, José Sócrates, vestindo a pele de Secretário Geral do PS disse ontem esta coisa espantosa:Elisa Ferreira foi escolhida para o Parlamento Europeu porque é uma pessoa muito prestigiada, o PS quis que ela continuasse no PE o enorme trabalho que tem feito.
Bom, desde logo se pode perguntar : O PS queria e agora já não quer?
O PS agora já aceita que se Elisa Ferreira for eleita para presidente da Câmara Muncipal do Porto o Parlamento Europeu perde tão excelsa deputada europeia?
O PS já aceita baixar o nível da sua representação no PE e já aceita que aqueles que votaram para Elisa Ferreira - e para que Ana Gomes - seja deputada europeia a vejam abandonar o PE?
Depois, hoje ouvi na TVI José Sócrates dizer outra coisa ainda mais espantosa.
Disse José Sócrates que as candidatas ao Parlamento Europeu se destacaram no PE e deram o seu contributo superior no contexto do PE. Que agora elas estão empenhadas em candidatar-se às duas câmaras. Que as datas das eleições só foram agora marcadas. Não iam discutir coisas que não tinham datas marcadas!!!???!!!
Espantoso!
José Sócrates dá uma no cravo outra na ferradura e vai ao ponto de fundamentar a candidatura dupla daquelas duas candidatas ao facto de as eleições não estarem , então, marcadas e não poderem discutir isso!!!
Bom, por aqui se vê como as camalhotas do PS de José Sócrates são o produto de uma política errática, de trapalhadas. Que José Sócrates vai navegando junto à costa e que tão depressa diz uma coisa como diz outra.
A justificação não tem ponta por onde se lhe pegue! É anacrónica,não faz sentido.
Desde logo porque o facto de as eleições autárquicas não estarem marcadas se deveu ao Governo que é quem tem esse poder, depois porque uma coisa não tem nada a ver com outra.
Tem a ver com ética política, com respeito pelos eleitores e pelos portugueses.

Os portugueses não podem tolerar isto!