José Maria Martins

Blogue do advogado José Maria Martins

sexta-feira, junho 12, 2009

O Governo de José Sócrates desenvolveu uma política anti-classe média e anti-trabalhadores

Não sei qual a filosofia política do Governo de José Sócrates.Que ideologia tem, pois neste 4 anos foi de ultra-direita com laivos de comunismo stalinista.
Veja aqui uma excelente análise , pedindo-se vénia ao blogue Blasfémias para publicar: http://blasfemias.net/2009/06/12/comecou-a-queda-da-casa-de-socrates/
Desde a Antiguidade Clássica que os cultores da Ciência Política, e da Teoria Geral do Estado, têm abordado a questão das classes sociais, por referência às suas condições económicas.
Aristóteles, na obra "Politica" aborda a questão do governo da cidade Ideal.
Para o efeito o tema das classes sociais, a sua função e influência na vida política e no funcionamento do Estado, foi lucidamente abordado por Aristóteles, que viveu entre os anos 384a 322 Antes de Cristo, na Grécia
Apesar de ter nascido na Macedónia, na cidade de Estagira e ter sido aluno de Platão, de quem divergiu, aliás.
Aristóteles defendeu que todo o Estado se compõe de três partes ou classes de cidadãos: os que são muito ricos, os que são muito pobres e os que se encontram numa posição intermédia, a classe média.
A melhor forma de governo, a melhor espécie de sociedade política , defendeu, é a que for constituída, em maioria , por cidadãos das classes médias.
Significa isto que Aristóteles entendia que a paz e a Justiça eram melhor asseguradas se houvesse um equilibrio na fruição dos bens materiais, .
Ensinou Aristóteles:

"Os cidadãos da classe média são também os que se mantêm e conservam melhor: pois não desejam os bens dos outros, como os pobres, nem são eles próprios objecto de inveja ou de ciúme, como os ricos, não são tentados a prejudicar ninguém, e ninguém procura prejudicá-los a eles." In. Politica, Livro IV, p, 7.

O Governo de José Sócrates tem destruído a classe média.
Por exemplo, os comerciantes tradicionais, que nas ruas das povoações, vilas e cidades, tinham o seu negócio, davam vida aos seus bairros, às suas zonas, foram atacados pelos grandes centros comerciais, dos grupos económicos poderosos, assistindo-se ao encerramento das lojas tradicionais de bairro, de zona. E empobreceram.Fecharam as lojas e comércios. Os filhos têm de procurar outro modo de vida.
Os pequenos agricultores, os pequenos empresários, os professores, a maioria do funcionalismo público, são cada vez mais relegados para situações complicadas.Acabam a agricultura e as pescas, os ofícios.
Em Portugal há já uma bipolarização: De um lado os muito ricos e do outro os muitos pobres.
O Governo do Partido Socialista tem destruído a classe média e deixado os pobres mais pobres, famintos, desempregados, obrigados a emigrar.

Aristóteles também ensinou:

"É assim que, quando a multidão dos pobres se torna excessiva, numa oligarquia desprovida de classes médias, as desordens e a libertinagem nascem de todos os lados - e o Estado não tarda a perecer." (Idem , 9).

Em Portugal, a falta de visão, de obra feita, de crescimento económico, de saídas profissionais está a bipolarizar a sociedade, de um lado os muito ricos e do outro os muito pobres.
Este desequilibrio e a morte da classe média, sufocada com impostos, sem perpectivas de futuro, torna a situação insustentável.
A emigração é o rosto deste estado miserável de coisas. A emigração hoje já é de empresários que empobreceram com as políticas deste Governo de José Sócrates, de jovens licenciados sem futuro em Portugal.
Compreende-se assim a descida do PS nas eleições europeias.
O Governo em vez de trabalhar para criar riqueza, com apoio aos jovens, aos pequenos e médios empresários, aposta nas grandes obras que só vão beneficiarm imeditamente, as empresas de construção civil e obras públicas.Que poucos empregos criam. Mas endividam Portugal de forma inaceitável.
O TGV , as auto-estradas e o novo aeroporto de Lisboa, não são a melhor aposta para combater a crise.
Irão beneficiar as grandes empresa de obras públicas, onde muitos ex-membros de governos do PS têm emprego e , diz o Povo, só para lá foram para serem os elos de ligação ao Poder Político e usarem de influência na decisão política.
Não é aceitável que o Governo PS destrua a classe média, a empobreça, empobreça o tecido social e económico português e afunde Portugal, em vez de trabalhar para o fazer convergir.
Para alterar as coisas, o Povo tem de abrir os olhos e votar na Oposição.
O PS está gasto, incapaz de compreender que este caminho por onde conduziu Portugal, sobretudo nestes últimos 4 anos só serve para destruir a nossa Pátria, prejudicar os nossos filhos, tornar Portugal no já mais pobre estado da União Europeia.
José Sócrates já mostrou ser incapaz , o PS terá de escolher novo Secretário-geral e alterar as suas linhas programáticas.
O PS tem de se livrar da influência dos ex-PCP , como José Magalhães, Vital Moreira, Santos Silva. O PS tem de se livrar de Maria de Lurdes Rodrigues, de Ricardo Rodrigues, de Mário Lino , de Pinho, do Ministro das Finanças, de Jorge Coelho, de Armando Vara, da influência da Maçonaria e dos sociólogos que caíram no PS e no Governo de forma brutal, formados no ISCTE e que se tornaram os mentores de José Sócrates.
O PS tem de se reorganizar à volta de novos valores, como Carlos Zorrinho, José Seguro. À volta de João Cravinho, entre outros.

Portugal não pode continuar assim e não pode esperar mais.

A mudança é necessária.

Por Portugal.