José Maria Martins

Blogue do advogado José Maria Martins

quarta-feira, março 18, 2009

As próximas eleições europeias, legislativas e autárquicas - O Povo não pode deixar-se enganar outra vez

Hoje enquanto ouvia o debate quinzenal na Assembleia da República perguntei-me se José Sócrates não terá algum pudor quando bate com a mão no peito e se louva.
O Primeiro Ministro ou vive sem conhecer a realidade portuguesa, ou então falta à verdade com o maior à-vontade que eu já vi na minha vida.
O Governo não criou emprego, não fez qualquer obra de relevo, vê o País derrapar para patamares nunca vistos de miséria e continua a propalar "vitórias", "realizações", que mais ninguém nota.
Parece-me que só numa área o Governo esteve bem: Relações externas, nomeadamente com Angola; Venezuela, Líbia.
Quanto ao resto o descalabro é total.
A nível interno , e na área da Justiça, as modificações legislativas são tantas que só complicam. Em vez de melhorar o funcionamento da Justiça, nomeadamente da cível, as modificações sucessivas do Código de Processo Civil e a nova Dívisão Judicial do País em nada contribuem para a solução dos grandes problemas do sector. Fica pior.
O braço de ferro com os professores só desestabilizou ainda mais o ensino e a educação em Portugal, com prejuízos para os professores, para os alunos e para os país.
A crise económica veio trazer à tona de água procedimentos, condutas , que eram inimagináveis, tantos são os escândalos e tal é a obstrução à Justiça, que aparece mais com um sector onde não há uma verdadeira e democrática Justiça.
Portugal não tem uma estratégia nacional, não tem um planeamento adequado para a solução dos gravíssimos problemas, nomeadamente para o crescimento económico.
Antes do 25 de Abril Portugal sempre podia recorrer à riqueza das colónias, mas hoje, sem elas, e a breve trecho sem o apoio da União Europeia, os portugueses ficam encurralados.
Os equilibrios e as relações de força internacionais alteraram-se com o enfraquecimento dos EUA e o fortalecimento da China , sobretudo da Rússia.
A Rússia ,alimentada pelos proventos do petróleo, do gás natural, quer ser a potência hegemónica, controlando a Europa que não tem energia barata para competir, e aumentando o seu poder bélico, como ainda esta semana anunciou, como parte da estratégia de Poder.
Portugal não tem uma visão estratégica a médio e longo prazo, sobretudo no sector energético, recusando apostar na produção a partir de centrais nucleares, precisamente quando a França e o Reino Unido estão a desenvolver centrais nucleares de última geração, mais seguras, mais produtivas.
O estrangulamento dos portugueses exige outra política, outros políticos.Exige outra participação do Povo, e uma alteração do sistema constitucional, para o Presidencialismo e para a Democracia Directa, ou Semi-Directa, como existente na Suiça.
As eleições que se avizinham são o momento certo para os portugueses alterarem este estado de coisas.
O Partido Socialista e o Governo têm de ser severamente penalizados.
A propaganda como meio - precisamente o método usado pelo PS e pelo Governo de José Sócrates - tem de dar lugar a outra política, a outros níveis de exigência ética, a outro sistema judicial, a outra responsabilização.
Todos sabemos que a fome e a miséria conduzem ao desespero e a soluções como a desta semana em Madagascar , com o Exército a destituir o Presidente; como a da Guiné Bissau, com os assassinatos do General CEMGFA e depois o assassinato do Presidente Nino Vieira.
A Europa perdeu importância, pelo que é previsível que os padrões de vida sofram drástica redução, em detrimento da Rússia, da China, do Brasil, da India, da Indonésia, da Tailândia, do Irão, da Austrália.
Portugal há anos que perde força e depois desta crise nada será como dantes.
Os EUA e a União Europeia não voltarão a ser o que eram, nem a ter o poder que tinham.
Portugal perdeu o combóio, do desenvolvimento, perdeu oportunidades, muito por culpa da ganância, da incompetência dos políticos e seus amigos, da corrupção e de um Poder Judicial fraco com os fortes e forte com os fracos.
Não votar no PS é a maior prova de inteligência que um português pode ter.
Está na hora. É o momento certo. Tudo é preferível a manter o PS no Poder e o controlo da Maçonaria ateia sobre a vida dos portugueses.

Portugal!