José Maria Martins

Blogue do advogado José Maria Martins

segunda-feira, janeiro 05, 2009

Do Portugal Glorioso , Poderoso, Respeitado ao Portugal da Sopa dos Pobres

A Comunicação de Ano Novo do Presidente da República deve merecer-nos algumas reflexões. Devemos apontar as razões do descalabro da nossa Sociedade, indicar os culpados e mostrar caminhos para a solução.
Sobretudo se considerarmos que Portugal foi um dos mais fortes, ricos e importantes Países Europeus.
Convém lembrar o que fomos, o que somos e o que deveriamos ser.
Depois disso poderemos chegar a conclusão que temos sido governados por pessoas sem qualidade, venais, sem vergonha na cara, que apenas querem encher a "mula", que não se importam sobre os destinos do País, antes querem sacar, roubar o Povo até ao esqueleto.
Por pessoas moldadas aos interesses da MAÇONARIA, e que se servem das instituições da República para fins espúrios.

1 - O Portugal Glorioso
Portugal é um dos grandes , senão mesmo o maior , responsável pelo período mais belo da História da Humanidade, o RENASCIMENTO.
O RENASCIMENTO é um período da História da Humanidade que se segue à Idade Média , e que tem o seu início na época de Filipe o Belo, Rei de França, que em 1314 ,e em aliança com o Papa Clemente V, destruíram a Ordem dos Templários e se apropriaram dos seus bens.
Na base da decisão de Filipe o Belo, e do Papa, esteve o enorme Poder dos Templários, que foram acusados de serem heréticos, praticarem a homossexualidade, adoração do Demónio, e outros comportamentos blasfemos, além do enorme poder político, militar e económico.
Em Portugal A Ordem dos Templários foi extinta, de acordo com a decisão Papal, mas os seus bens foram entregues a uma nova Ordem , a Ordem de Cristo.
A Ordem de Cristo foi um dos grandes motores dos Descobrimentos Portugueses, e por consequência do Portugal Poderoso, do Portugal que foi um dos maiores, senão mesmo o maior expoente do RENASCIMENTO.
O RENASCIMENTO é o período em que o ser Humano se libertou do medo do Demónio, o tempo em que o ser Humano se descobriu a si e foi fundamentar a sua força, a sua dignidade, na Antiguidade Clássica, Greco-Romana.
O Homem quis agir sobre o Mundo como um actor. O espírito ciêntifico, a curiosidade, o amor pela beleza estética, pela literatura, pela poesia - Exemplo :Petrarca como o inventor do soneto ; as cantigas de escárnio e mal-dizer de D. Dinis - as fundações das universidades, a tradução para as línguas nacionais da Bíblia , o Grande Cisma do Ocidente, o nascimento do Protestantismo, Erasmo, Galileu, Camões, Miguel Angelo, a Basílica de S. Pedro.
PORTUGAL DEU À HUMANIDADE A PARTE MAIOR, A PARTE MAIS RICA DO RENASCIMENTO: As viagens marítimas, as descobertas, a navegação pelo Atlântico até à India, depois o Brasil. Novos Povos, novas terras, o Universo.
Num momento em que os Turcos dominavam e impediam o comércio da Rota da Seda, numa altura em que a Europa era uma amalgama de principados, de Estados, muito longe das nações europeias como as conheçemos hoje. Com guerras e mais guerras, fome.
Foram as viagens portuguesas pela costa de África que levaram Espanha a lançar-se também na aventura marítima e à descoberta da América, quando apenas queria atingir a India pelo ocidente.
Qualquer manual sobre o Renascimento dá a Portugal um papel extraordinariamente importante no desenvolvimento do Mundo e na passagem da Idade das Trevas ( A Idade Média) , para a Idade das Luzes (depois de 1612).
Veja-se, por mero exemplo a obra de Jean Delumeau " A Civilização do Renascimento", Edições 70, 2004.

2 - O Portugal Decadente
2.1. - De 1580 a 1910

A partir de 1580 Portugal perde importância e não consegue acompanhar os outros Povos Europeus. Em 1580 Portugal perde a independência quando já tem em pleno vigor a Inquisição, precisamente para impor o retrocesso civilizacional.
Portugal foi sempre definhando porque se fechou sobre si e porque a França, a Espanha e a Inglaterra o passaram a dominar, seja militar, seja cultural, seja economicamente.
Nem o ouro do Brasil nos salvou. Perdemos o combóio.
Em 1808 a Casa Real Portugesa foge das tropas de Napoleão para o Brasil e os ingleses dominam Portugal até 1820.
Veio a guerra civil entre os partidários de D. Miguel e D. Pedro.
Os governos do Rotativismo, depois de 1851, nunca souberam engrandecer Portugal.
A Maçonaria , que passou a dominar a vida política portuguesa, tornou Portugal num dos Estados mais pobres e dependentes da Europa. A ponto de D. Pedro V ter dito que em Portugal havia uma "canalhocracia"!
Chegamos a 1910 pobres, dependentes, com governos sucessivos de um partido e de outro, sempre a anos luz de distância dos outros Povos: Governos incompetentes, sem força política, sem força militar, sem visão do Mundo. Com execepção dos Governos de Fontes Pereira de Melo e de Hintze Ribeiro.
Défices permanentes, guerrilhas politicas crónicas, atraso estrutural, cultural, militar, económico, social, em relação a todas as nações europeias. Dependência alimentar, sempre a correr atrás dos outros, como foi o caso da exploração de África, apenas decidida quando as potências europeias já queriam apossar-se de África, como o vieram a fazer a partir de 1890.

2.2. - Depois de 1985
Perdidas, em 1974 e 1975 , as colónias, perdido o "Império" que nos sustentava, Portugal passou a viver dependente das ajudas da CEE e das remessas dos emigrantes.
Em 1985 Portugal passou a ser membro de pleno direito da CEE , actual União Europeia.
Os políticos portugueses depois de 1974 foram geralmente maus, incompetentes, sem formação, sem experiência, sem força e vontade para desenvolver Portugal.
O ensino Universitário em Portugal estava estagnado em 1974.
O País era uma espécie de um recanto da Idade Média, numa Europa desenvolvida economicamente a ocidente, desenvolvida culturalmente a Leste, uma vez que o ensino e a formação foram pontos fortes dos regimes comunistas.
Assim , os dinheiros dos apoios da CEE, e depois da União Europeia , foram sendo encaminhados para os bolsos dos amigos, o país conheceu um dos piores períodos de corrupção , de tráfico de influências, de vigarice, de incompetência da sua história.
A Maçonaria teve, e tem, um papel de grande importância nesta manobra criminosa.
Portugal a partir de 1985 foi sendo entregue a Espanha. Bancos, Seguros, Energia, Herdades Agrícolas, Pescas, ao mesmo tempo que os espanhóis manobravam na União Europeia para que os agricultores portugueses passassem a receber para não produzir, como estratégia para que todas as ajudas comunitárias fossem depois canalizadas para a compra de bens de consumo que Portugal não produzia e tinha de importar, precisamente com os dinheiros que lhe foram dados para se modernizar, para se chegar à frente, para convergir.

Chegamos agora a 2009, com o Pesidente da República a dizer que Portugal há 8 anos que se atrasa em relação aos outros países!!!
Depois olhamos para os casos do BPN, do BPP, da Gebalis, para a Operação Furacão, para o Freeport, para a Universidade Moderna, para a "Licenciatura de José Sócrataes", para o caso Casa Pia e percebemos que Portugal está num beco sem saída.
O problema português é um problema mental, ético, um problema criminal.
Há demasiados criminosos a frequentar salões chiques. Há demasiados individuos a viver da vigarice, a viver de esquemas, a gozar o dinheiro que receberam de forma criminosa.
Há demasiados criminosos a gozar de total impunidade, porque são da Maçonaria, porque por serem da maçonaria têm protecções a todos os níveis.
Protecção política porque estão e mandam em determinados partidos . Usam a solidariedade maçónica para dominarem a Justiça e dessa forma terem a certeza de que as vigarices nunca serão castigadas.
Agoram com a crise os ratos começam a sair das tocas, aflitos porque lhes falta o ar - o dinheiro - e porque em épocas de crise estão mais expostos.
O problema bancário é a decorrência lógica das tropelias, das vigarices que foram sendo praticadas ,usando dinheiro que lhes foi parar às mãos de forma ilícita.
O Presidente da República acordou agora!
Mas quem está atento sabe que Portugal está em plano inclinado há mais tempo, desde 1985.
O investimento nunca foi para os fins destinados. Por exemplo os fundos do FSE foram delapidados ,a torto e a direito, em burlas que impediram a formação profissional.
Os dinheiros para a agricultura foram para comprar Jeeps, vivendas.
Hoje Espanha domina-nos. Já são de espanhóis as melhores herdades no Alentejo.
No campo da energia eléctica estamos nas mãos de Espanha.
O grande problema é que temos políticos que esmifram Portugal em benefício próprio.
O caso "Operação Furacão" está há anos em investigação . O Governo do PS pode assim controlar o sistema bancário, manter o poder.
Hoje os portugueses ainda têm de pagar do seu bolso a recuperação de bancos de investimento, como o BPN e o BPP, com uma CGD já estrangulada e cada vez com menos margem de manobra.
Não sabemos o que se passa no BCP e no BES.

Infelizmente não ouvimos o Presidente da República apelar a que a Justiça seja dura com os prevaricadores. Não ouvimos o Presidente da República dizer que tem de ser através dos Tribunais a purificação da nossa sociedade.
Mas tem de ser.
Ou o Estado tem força para arrumar os prevaricadores na prisão, ou tudo não passa de mais um episódio como tantos outros.
Seria bom que Cavaco Silva se lembrasse da lição de Maquiavel na obra "O Principe" quando dá conselhos a Lourenço de Médicis dizendo: "Porque, em verdade, não há modo tão seguro de dominar a outrem como arruiná-lo".
A Sociedade Portuguesa ou usa o Direito para dominar os crápulas que a destroiem ou perecerá.
Para isso Portugal e a Justiça têm de destrui a Maçonaria.
Maçonaria que hoje é o verdadeiro cancro porque a coberto de valores como a igualdade a fraterniadade, a liberdade, o desenvolvimento, não passa de um Estado dentro do Estado . Poderoso, tenebroso, fonte de impunidade e de crimes contra o Povo.

Cavaco Silva deve ter presente também a lição do Rei Filipe o Belo que destruiu os Templários, autentica sociedade secreta, perniciosa.
A Maçonaria está a destruir Portugal e as sociedades ocidentais.
José Sócrates hoje admitiu em entrevista teevisiva que metade da dívida externa diz respeito a gastos de energia!
Então porque não aposta nas centrais nucleares?
Só pode ser porque Espanha não deixa. Precisamente Espanha que é uma potencia nuclear desde 1968!!!
Portugal aposta na energia do vento e do Sol!
Vejam bem o calibre dos políticos portugueses, precisamente quando a nível mundial há um esforço para apostar cada vez mais na energia nuclear!
Com estes políticos não vamos a lado nenhum. Estamos sempre em contraciclo, estamos sempre atrás de todos.
Há que reagir com força ou Portugal morre.
Sem a criação de 2 ou 3 centrais nucleares - a Suiça tem 5 - não passamos da cepa torta.
Sem a prisão dos vigaristas nada se conseguirá.