O Ballet Rose" - História de abusos sexuais sobre meninas no Estado Novo

O "Ballet Rose"

No final dos anos 60 rebentou em Portugal um escândalo sexual, envolvendo políticos poderosos do Regime do Estado Novo, prostitutas e filhas de prostitutas, meninas muito jovens, de 8 , 9 , 10 anos, que eram entregues pelas mães para se prostituirem com vários dignitários do Regime.
Ficou na história conhecido cmo o "Rallet Rose".

Moita Flores e Felícia Cabrita são autores de um livro com o título "Ballet Rose - Uma Novela (a) moral".

Dessa obra vou transcrever um excerto onde a BESTA HUMANA mostra todo o seu explendor.

"-Dizes isso porque não dormes com ela.
Riram , bem dispostos. Miguel Galvão, abraçado a Eva comentou:
-Sobre o que estavas a fazer na Pensão Caramelo ainda temos de falar, mas como te portaste bem, vá lá - Voltando-se para a assistência , levantando a voz: - Isto merece outro brinde, não é verdade?
-Um não. Todos os brindes do mundo - concordou Genoveva - Viva a Laurinha!
O grito foi uníssono.
- Viva!
O conde deixou-se cair no sofá e, apontando para Maria brindou:
-Estou tão aliviado que era capaz de te papar!
Maria deu uma gargalhada.
-A mim? Oh senhor conde, já sou puta velha. O senhor gosta de carne tenrinha.Olhe ali. Uma mão-cheia.
Apontava para as três meninas que comiam chocolates e se divertiam com as bonecas. O conde apreciou-as, guloso.
- É uma ideia. Uma bela ideia.
-Os quartos estão prontos. Se quiserem podemos continuar a festa.Concordaram, entusiasmados. escolheram-se uns aos outros. O conde agarrou em duas crianças e correu para o quarto, enquanto os presentes na brincadeira lhe chamamvam açambarcador.Bem disposto Cristóvão carregou com a outra miúda e com Zulmira, comentando:
-Estas são minhas, antes que algum lorpa fique com o que sobra de carne mais tenrinha.
Miguel pegou em Laurinha ao colo.Fez-lhe uma festa com meiguice e sussurou:
-Depois do que fizeste na polícia , mereces-me. Hoje ficas só para mim!".

In. Ob. Pág. 116.

A Besta Humana em acção.....

Giovanni Pico della Mirandola, é autor de uma obra filosófica intitulada"Discurso Sobre a Dignidade do Homem". Publicada em Portugal pelas Edições 70, Textos Flosóficos.

Escreve-se na apresentação o seguinte:

"Enquanto o animal, devido à natureza que lhe é dada à partida, só pode ser animal e o anjo só pode ser anjo, o homem tem quase o poder divino de se constituir segundo aquilo que quiser ser : pode degenerar até aos brutos e pode regenerar-se até aos anjos, mas a possibilidade de viver como os animais ou como os seres espirituais depende inteiramente dele mesmo, isto é, da sua escolha.". In. Ob. Cit. Pág. 27.

A Besta Humana em todo o seu trágico explendor!