Homenagem aos militares de Abril
Devo ao MFA - Movimento das Forças Armadas - não ter ido combater em África.
O 25 de Abril de 1974 apanhou-me quase a fazer 17 anos.
Se não fosse a Revolução eu teria ido para os Fuzileiros ou para a Força Aérea, voluntário.
Seguiria os passos do meu querido irmão que em 1962, com 17 anos foi voluntário para as Forças Armadas .
Aos 20 anos já ele estava a combater em Angola.
Eu teria ido . Era assim na minha família. Orgulhosos do Império Colonial não fugiria. E era tão fácil fugir, porque o meu irmão depois de cumprir o Serviço Militar emigrou para França em 1970, onde está agora sepultado.
Mas ainda bem que houve o 25 de Abril de 1974. Era inevitável a descolonização.Salazar sabia-o. Marcelo Caetano sabia-o.
A França perdera a Argélia, as outras colónias dos grandes países europeus foram adquirindo a Independência. As nossas também seguiriam o mesmo caminho.
É a história.
Agora que conheço África, sinto com mais força a grandeza histórica de Portugal.
E a felicidade que é visitar as antigas colónias, de ver bocados enormes de Portugal que ali ficaram e que nos unirão sempre. Na paz, na liberdade, na cooperação e na amizade entre Povos que estão ligados por valores, por tradições, e onde somos extraordinariamente bem tratados.
Foi bom. Nunca esquecei quando em 1965 fui "levar" o meu irmão ao cais da Rocha de Conde de Óbidos para embarcar no Vera Cruz.
Foram dois anos de sofrimento enorme, de medo de perder o meu irmão. Dois anos de tristezas, de sobressaltos, de medo enorme. Dois anos durante os quais foram chegando à minha terra, caixões com amigos do meu irmão mortos em combate, outros paralíticos por rebentamento de minas.
Bem hajam os militares de Abril.
O 25 de Abril de 1974 apanhou-me quase a fazer 17 anos.
Se não fosse a Revolução eu teria ido para os Fuzileiros ou para a Força Aérea, voluntário.
Seguiria os passos do meu querido irmão que em 1962, com 17 anos foi voluntário para as Forças Armadas .
Aos 20 anos já ele estava a combater em Angola.
Eu teria ido . Era assim na minha família. Orgulhosos do Império Colonial não fugiria. E era tão fácil fugir, porque o meu irmão depois de cumprir o Serviço Militar emigrou para França em 1970, onde está agora sepultado.
Mas ainda bem que houve o 25 de Abril de 1974. Era inevitável a descolonização.Salazar sabia-o. Marcelo Caetano sabia-o.
A França perdera a Argélia, as outras colónias dos grandes países europeus foram adquirindo a Independência. As nossas também seguiriam o mesmo caminho.
É a história.
Agora que conheço África, sinto com mais força a grandeza histórica de Portugal.
E a felicidade que é visitar as antigas colónias, de ver bocados enormes de Portugal que ali ficaram e que nos unirão sempre. Na paz, na liberdade, na cooperação e na amizade entre Povos que estão ligados por valores, por tradições, e onde somos extraordinariamente bem tratados.
Foi bom. Nunca esquecei quando em 1965 fui "levar" o meu irmão ao cais da Rocha de Conde de Óbidos para embarcar no Vera Cruz.
Foram dois anos de sofrimento enorme, de medo de perder o meu irmão. Dois anos de tristezas, de sobressaltos, de medo enorme. Dois anos durante os quais foram chegando à minha terra, caixões com amigos do meu irmão mortos em combate, outros paralíticos por rebentamento de minas.
Bem hajam os militares de Abril.
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