José Maria Martins

Blogue do advogado José Maria Martins

terça-feira, abril 22, 2008

Eleição para lider do PSD

Luis Filipe Menezes não conseguiu liderar o PSD e fazer a Oposição necessária. Não interessa as razões. Não conseguiu.

Com a eleição de Filipe Menezes o PSD perdeu espaço de manobra e credibilidade como Oposição ao Governo PS.

Foram mais de seis meses de "liberdade" para José Sócrates. O PSD conduzido a duas mãos - com Santana Lopes - perdeu espaço político. Filipe Menezes afinal não estava preparado para conduzir a Oposição.

O PSD deve ter um lider competente, que não tenha anticorpos na sociedade portuguesa. Que seja sério, que tenha dado provas de firmeza na condução dos assuntos políticos.

Um lider que possa fazer Oposição, e que o faça apresentado propostas estruturadas para a solução dos grandes problemas nacionais.

Neste momento, e apesar da simpatia por Pedro Passos Coelho, a verdade é que ainda é cedo para ele liderar o PSD. Mas é bom que se candidate para criar espaço e para no futuro ter uma palavra a dizer e , quiçá, um papel relevante.

Parece-me que A Drª Ferreira Leite é uma má opção para o PSD. Não é a pessoa adequada porque enquanto ministra das finanças sacrificou o Povo Português e contribuiu para a situação paupérrima que Portugal vive. Não foi boa Ministra das Finanças.

O slogan "há mais vida para além do orçamento" foi o prenúncio da derrocada do PSD a nível eleitoral. Apresentar agora a Drª Ferreira Leite como lider do PSD soa a mais do mesmo e parece garantir mais uma vitória do PS nas próximas eleições.

O PSD tem um homem que é o certo : O Dr. Rui Rio.

Rui Rio é um político jovem. Como Presidente da Câmara Municipal do Porto mostrou firmeza em separar as águas da política e dos interesses particulares, nomeadamente do Futebol Clube do Porto.

Creio que Rui Rio é o militante do PSD que deve ser eleito Presidente do Partido . Não tem anticorpos como Ferreira Leite tem. Pode liderar um projecto politico social democrata de alternativa ao do PS.

Ao PSD não basta ter um lider. É necessário que ele seja credível, que dê confiança ao eleitorado que possa ser uma solução duradoira. Só com políticos profissionais, que estejam dispostos a sacrificios pessoais o PSD pode apresentar-se como alternativa, como Oposição credível.

E credível de que vai fazer diferente e melhor.

Ferreira Leite tem uma visão da vida que começa e acaba no orçamento. Mas Portugal precisa de políticos corajosos,atentos aos novos ventos, que baixem impostos, que encontrem alternativas, vias diferentes para obter o necessário equilibrios orçamental sem matar o desenvolvimento económico e suficientemente criativas para alavancar a nossa economia e para a drenagem de portugueses para o estrangeiro, porque a emigração mata o crescimento económico e hipoteca o futuro de Portugal.

Rui Rio pode ser essa injecção de sangue novo, ambicioso, competente, corajoso.

Portugal necessita de baixar os impostos , o IRC, o IRS, o IVA, e de menos regulação. Temos de ter como referência a Irlanda, a forma e os métodos que usou para crescer , para dar o salto.

O novo lider do PSD tem muitos desafios pela frente. Tem de ter coragem para denunciar determinadas situações.

Por exemplo,o Governo do PS tem o sistema bancário "preso" , "amarrado" através da Operação Furacão. Sob a ameaça penal o Governo aprisionou os bancos. A economia ressente-se.Esta situação não é boa para Portugal. Há que investigar esta situação.

Os banqueiros sentem-se manietados. Não podem sequer tecer críticas ao Poder Político. O investimento privado está estagnado.O PS beneficia. Mas Portugal não tem quaisquer vantagens. Parece uma história sem fim.

O Governo e o PS reinam sobre o monte de escombros em que se tornou Portugal.

Pode haver auto-estradas mas não há população, não há interior nem desenvolvimento económico.

O PSD tem de ponderar muito bem se quer assegurar os lugares nas Câmaras Municipais e nas listas de deputados aos amigos ou se aposta na conquista do Poder.

Rui Rio parece a opção única, porque aquela que é credível para ser alternativa credível.