José Maria Martins

Blogue do advogado José Maria Martins

quarta-feira, março 26, 2008

Contributo para o combate à indisciplina nas escolas

O lamentável episódio da má educação dos alunos e da violência contra a professora na Escola Carolina Michaelis já mereceu do Procurador-Geral da República a resposta adequada.

Fazer intervir o Tribunal de Familia e Menores.O que vai de encontro ao que eu escrevi em post recente. A PGR tem esse dever e cumpriu-o. Não faz mal nenhum aos alunos sendo que a intervenção do PGR deve incidir em mais alunos e não apenas na Patrícia.

Umas aulas de boa educação, de civilidade , de boas maneiras, acompanhadas de castigo pedagógico não lhes fará qualquer mal.

A miúda terá 15 anos. Pode cumprir um castigo já robusto.

Na zona da Grande Lisboa há também problemas graves de indisciplina nas escolas.

Por exemplo, nas Escolas da Grande Lisboa há muitos jovens filhos de africanos que têm grande dificuldade em estar na escola de forma disciplinada.

Aqui ,neste particular ,o Governo Português pode ser audaz e contribuir decididamente para minimizar os conflitos. Com medidas simples.

Portugal tem um relacionamento excelente e exemplar com Cabo Verde. Em Cabo Verde o ensino é de grande qualidade. Os professores caboverdianos estão habituados a disciplinar os seus alunos.Em Cabo Verde há milhares e milhares de alunos pois o crescimento demográfico é enorme.

Portugal pode , e deve celebrar um acordo de cooperação com o Governo de Cabo Verde de modo a que venham para Portugal dezenas de professores caboverdianos , ensinarem nas escolas portuguesas.

O efeito será muito benéfico. Os jovens africanos terão mais respeito, sentir-se-ão menos dispostos à indisciplina, porque têm na sua escola alguns professores que conhecem bem a realidade africana, a sua cultura e os padrões comportamentais. Mesmo o facto de os professores falarem crioulo inibirá os jovens de terem atitudes menos próprias, pois não podem usar o crioulo para ofender os professores, como algumas vezes fazem, sem que os professores sequer saibam que estão a ser gozados ou memso ofendidos.

O que digo dos professores caboverdeanos aplica-se também a professores angolanos.

O intercâmbio de professores é uma medida fácil, barata ,de possível execução imediata e de grande alcance.

Esta ideia não me ocorreu a mim. Foi em conversa com um diplomata africano, numa recente visita que fiz a Cabo Verde , que esta ideia foi avançada por ele, Embaixador, que conhece muito bem Portugal, que aqui estudou que em Portugal fez um imenso trabalho associativo até ser nomeado Embaixador.

Portugal beneficiará e beneficiarão os jovens africanos que ,muitas vezes, têm graves problemas de inserção social, que abandonam os estudos , porque não estão motivados, desenvolvem sentimentos de não pertença.

Com medidas simples pode conseguir-se muito.Há que ter coragem e saber ler os sinais dos tempos.