José Maria Martins

Blogue do advogado José Maria Martins

quinta-feira, fevereiro 28, 2008

A Comisão Europeia revelou ao Mundo que cerca de 20% das crianças portugueses vivem na pobreza

A Comissão Europeia em relatório da passada semana revelou que cerca de 20% das crianças portuguesas vivem num estado de pobreza, com as consequências nefastas que tal implica.

Quem tem vergonha na cara só pode sentir um desconforto e uma trsiteza imensas.

Portugal só tem um país com maior percentagem de crianças a viver numa situação de pobreza: A Polónia!!

Onde estão e como têm sido aplicadas as ajudas comunitárias? Porque razão os políticos portugueses são menos competentes que os estrangeiros? Porque motivos os países que agora são membros da União Europeia e antes viviam em regime comunista têm níveis de vida superior ao português?

José Sócrates -e os anteriores Primeiros Ministros portugueses - consegue viver com esta situação?

Quais as causas desta miséria?

Dá que pensar!

O Primeiro Ministro quer dar uma imagem de pujança, de crescimento económico, mas a verdade, nua e crua, é que o sistema político português está mal desenhado, que a corrupção , a incompetência grassam em Portugal.

Os portugueses vivem tristes, amargurados. Com execpção de uma fatia, não muito significativa, os portugueses vivem situações aflitivas.

O Poder Político controla o Poder Judicial, o Poder Económico controla o Poder Político e os "portugas" nem já sorrir podem.

A situação está catastrófica em Portugal.

António Gedeão é autor de um poema que é cada vez mais actual, com o título "Como será estar contente?" , que é do seguinte teor:

"Como será estar contente?
Lançar os olhos em volta,
moderado e complacente,
e tratar toda a gente,
sem tristeza nem revolta?
satisfeito com o que sente,
com o que pensa e com o que diz?
Como será estar contente?"

A situação está num ponto em que a falência do Estado enquanto regulador, criador de Justiça, de bem estar, de felicidade ,está iminente.

Para o Poder Político em Portugal já nada basta: Não basta ter uma pessão fiscal do terceiro mundo, não basta receber milhões de euros diários dos emigrantes, receber fundos comunitários.

O que verdadeiramente é necessário é que se importem políticos, técnicos da administração da coisa pública, que tenham competência, sejam imparciais, isentos, que possam organizar o Estado Português segundo novos modelos, os modelos triunfantes na União Europeia.

Enquanto este estado de coisas permanecer, enquanto esta classe política , sem competência e sem patriotismo, estiver no Poder, os portugueses estão condenados a serem os mais infelizes, os que têm menos motivos para estarem contentes.

Na verdade, como será estar contente?