Politiquices - A mentira como arma política em Portugal

O Ministro da Administração Interna recentemente discursou sobre os incêndios.

E em relação ao facto de neste ano ter ardido menos área, menos hectares ,não resistiu a faltar à verdade.

Disse que a menor área ardida não resultou do facto de ter chovido com frequência no passado Verão!

Segundo ele tal deveu-se ao esforço e à acção do Governo. Mais meios de combate, melhor política.

Ora, é nestas ocasiões que os políticos, ou pseudo-políticos, deveriam ter a verdade como esquadro e régua, como fio de prumo.

Até porque sendo o Ministro maçon era-lhe exigido que respeitasse o Grande Arquitecto ,que adora.

O Ministro deveria ter dito que as condições atmosféricas foram determinantes, porque o Verão foi chuvoso como há muito não se via.

E que o Governo agiu no sentido de ter mais meios humanos, materiais e policiais para combater os incêndios.

Se tivesse falado assim teria toda a razão.

Porque , e verdade seja dita, o Governo do PS criou condições para melhor combate aos incêndios: Grupos da GNR; mais aviões; mais helicópteros.

O Governo tem mérito.É inquestionável que neste aspecto o Governo foi inovador e merece aplauso.

Mas o motivo principal foram as condições atmosféricas favoráveis. Chuvas no Verão, baixas temperaturas.

O que não vale é recorrer à demagogia e ao engano, numa lógica circular à qual os políticos não resistem.

Porque a política não pode ser a arte de mentir , de ludibriar, de enganar o Povo.

Até porque o povo sabe que quando o calor aperta no Verão os incêndios acontecem por todo o lado e que a GNR, os aviões e os helicópteros não são suficientes, em Portugal ou em qualquer parte do Mundo.