O Ultimato Britânico
Devo dizer que concordo que a Polícia Britânica ajude a PJ nas investigações.
É forçoso realçar o empenho do Governo Britânico na ajuda aos pais da menina Madie. Fez o que um Estado deve fazer. Ajudar e proteger os seus.
O que tenho dificuldades em aceitar é que os pais da Madie não sejam interrogados a altas horas da noite como a PJ fez com a mãe da Joana!
Segundo dizia a imprensa, a mãe da Joana era levada para a PJ e ali ficava até altas horas da madrugada.Dias e dias. Sem advogado, que creio nem era notificado para os interrogatórios!
Porque é que a PJ não faz o mesmo com o Murat e com os pais da Madie? E com o grupo de amigos?
Porque são britânicos e o Governo de Sua Majestade e a Imprensa do Reino Unido denunciariam a situação?
A Ordem dos Advogados que no caso Casa Pia fazia uma marcação cerrada ao Mº Pº e ao Juiz Rui Teixeira , no caso Madie não diz nada?
E no caso da mãe da Joana a Ordem dos Advogados também nada fez,nada disse!
A mãe da Joana não tinha amigos no Poder, não podia dar lucro em empresas públicas, é uma desgraçada.
Não aceito é que os pais da Madie ponham as coisas nestes termos: "Se a PJ entende que somos suspeitos, está a fazer mau trabalho", como terão dito hoje!
E muito menos aceito que em território nacional a Polícia Britânica faça investigação, tutelando a PJ portuguesa.
Claro que o Governo Português não pode dizer mais nada que não seja que a colaboração é muito bem vinda!!!
Mas é óbvio que foi imposta.
Para qualquer observador nada mais foi que um "ultimatum", a lembrar o do Século XIX, quanto à partilha de África.
Qual foi o outro caso em que a polícia de um outro país veio a Portugal investigar factos criminosos praticados em Portugal por estrangeiros?
A questão dos cães está, para mim, mal contada.
É no círculo de amigos, nas pessoas das relações dos pais da menina e nestes que a investigação deve centrar-se, com vigor ,até ser descartada qualquer responsabilidade. Foram eles que viram a menina pela última vez. Sem descurar todas as outras vertentes.
Não quero dizer que penso - nem tenho qualquer elemento concreto para tanto - que os pais da menina a mataram ,a venderam, a seviciaram.
Mas a investigação tem de começar por aquele núcleo. Os pais da menina devem entender que é assim em qualquer país do Mundo.
Pelo menos os pais foram imprevidentes. O resto vamos a ver.
Mas o que as polícias portuguesas devem aprender com este caso é que há práticas que não podem ser seguidas quando estão em causa pessoas estrangeiras com poder social e, como é o caso, com apoio político muito elevado. E que não devem ser seguidas quando são portugueses ou estrangeiros pobres e sem cobertura política ou mediática estrangeira.
Resta-me acreditar que a PJ vai descobrir o que se passou.
É forçoso realçar o empenho do Governo Britânico na ajuda aos pais da menina Madie. Fez o que um Estado deve fazer. Ajudar e proteger os seus.
O que tenho dificuldades em aceitar é que os pais da Madie não sejam interrogados a altas horas da noite como a PJ fez com a mãe da Joana!
Segundo dizia a imprensa, a mãe da Joana era levada para a PJ e ali ficava até altas horas da madrugada.Dias e dias. Sem advogado, que creio nem era notificado para os interrogatórios!
Porque é que a PJ não faz o mesmo com o Murat e com os pais da Madie? E com o grupo de amigos?
Porque são britânicos e o Governo de Sua Majestade e a Imprensa do Reino Unido denunciariam a situação?
A Ordem dos Advogados que no caso Casa Pia fazia uma marcação cerrada ao Mº Pº e ao Juiz Rui Teixeira , no caso Madie não diz nada?
E no caso da mãe da Joana a Ordem dos Advogados também nada fez,nada disse!
A mãe da Joana não tinha amigos no Poder, não podia dar lucro em empresas públicas, é uma desgraçada.
Não aceito é que os pais da Madie ponham as coisas nestes termos: "Se a PJ entende que somos suspeitos, está a fazer mau trabalho", como terão dito hoje!
E muito menos aceito que em território nacional a Polícia Britânica faça investigação, tutelando a PJ portuguesa.
Claro que o Governo Português não pode dizer mais nada que não seja que a colaboração é muito bem vinda!!!
Mas é óbvio que foi imposta.
Para qualquer observador nada mais foi que um "ultimatum", a lembrar o do Século XIX, quanto à partilha de África.
Qual foi o outro caso em que a polícia de um outro país veio a Portugal investigar factos criminosos praticados em Portugal por estrangeiros?
A questão dos cães está, para mim, mal contada.
É no círculo de amigos, nas pessoas das relações dos pais da menina e nestes que a investigação deve centrar-se, com vigor ,até ser descartada qualquer responsabilidade. Foram eles que viram a menina pela última vez. Sem descurar todas as outras vertentes.
Não quero dizer que penso - nem tenho qualquer elemento concreto para tanto - que os pais da menina a mataram ,a venderam, a seviciaram.
Mas a investigação tem de começar por aquele núcleo. Os pais da menina devem entender que é assim em qualquer país do Mundo.
Pelo menos os pais foram imprevidentes. O resto vamos a ver.
Mas o que as polícias portuguesas devem aprender com este caso é que há práticas que não podem ser seguidas quando estão em causa pessoas estrangeiras com poder social e, como é o caso, com apoio político muito elevado. E que não devem ser seguidas quando são portugueses ou estrangeiros pobres e sem cobertura política ou mediática estrangeira.
Resta-me acreditar que a PJ vai descobrir o que se passou.
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