Casa Pia , Forças Armadas e Educação dos Jovens

As Forças Armadas são o depositário dos grandes valores éticos.

A Casa Pia e os Institutos de Reinserção Social dos jovens têm missões muitos complexas.

A Casa Pia porque muitos dos seus educandos são jovens oriundos de familias problemáticas, jovens sem referências afectivas, sem disciplina, sem referência masculina.

Estes jovens - educandos internos da Casa Pia - não necessitam apenas de estudar, de ter férias. Falta-lhes o pai , a mãe ou ambos. São crianças e jovens carentes.

Educar sem disciplinar não é possível. Sem sonho não há confiança no futuro. Sem disciplina e uma referência de ideal não há futuro.

Os jovens dos Institutos de Reinserção Social necessitam sobretudo de sonho, de referências éticas, de disciplina, de valores, de se sentirem parte de um projecto.

Os projectos educativos e de reinserção social não se fazem só com professores, com educadores.

Constroiem-se com disciplina, com o ensino de valores, de regras. Quando do sexo masculino, as crianças e jovens necessitam de disciplina, de sonho, da aceitação da pertença a um projecto de vida, que eles se possam orgulhar.

As Forças Armadas podem colaborar , de forma decisiva, na educação civica, ética, na formação da personalidad dessas crianças e jovens.

A disciplina é absolutamente fundamental.

E é aqui que as Forças Armadas podem ser de extrema utilidade.

Os jovens - de ambos os sexos mas sobretudo do sexo masculino - devem ser disciplinados, ter objectivos a alcançar.

Na Casa Pia é urgente trabalharem oficiais das Forças Armadas. Para ministrarem aos jovens educação física. Para ministrarem aos jovens aulas de disciplina, de ética, para lhes ensinarem valores morais. Para os encantarem e sensibilizarem para a vida em sociedade. Disciplina, ordem , valores,sonho - ser militar, ser quadro, ser responsável.Para os enquadrar, com firmeza.

E para os jovens terem respeito.

Já sei que alguns dirão que quero militarizar os miúdos. Nada mais errado.

As experiências de novas abordagens na educação de jovens problemáticos feitas no estrangeiro podem ser adoptadas, quando provaram que tiveram sucesso.

Na Russia , actual, o Exército Russo criou um programa de integração de jovens sem abrigo, abandonados pelos pais, ou sem pais.

Estes jovens são integrados num processo educativo plural. Os jovens passaram a estar a cargo do Exército Russo. Têm aulas militares como os jovens portugueses que são alunos dos Pupilos do Exército ou do Colégio Militar . São ensinados de acordo com a disciplina militar. Depois eles estudam nas escolas normais, juntamente com os outros jovens da sua idade, com quem são estimulados a conviver, para dessa forma também se integrarem.

A pouco e pouco esses jovens tornam-se disciplinados, orgulhosos de terem disciplina, de terem objectivos, de se sentirem "homens".

Já não sei se foi no Canal História ou no canal Odisseia que passou um documentário desta experiência,muito bem sucedida.

Porque não aliar as Forças Armadas Portuguesas a um projecto deste tipo?

Jovens que passam a ter disciplina e os valores da obediência, da responsabilidade, da probidade, da ética.

Os jovens querem referências e as masculinas podem ser dadas pelos oficiais das Forças Armadas. As femininas também , porque já há muitas mulheres nas fileiras.

E os oficiais das Forças Armadas são pessoas probas, com alto espírito ético, pessoas integras, exemplos a seguir.

O fracasso da Casa Pia e dos Institutos de Reinserção passa pela ausência de disciplina, de valores e a possibilidade de os incutir aos jovens.

É uma opção que eu tomaria de imediato se fosse responsável nessas áreas. Já e em força.