José Maria Martins

Blogue do advogado José Maria Martins

terça-feira, setembro 05, 2006

A questão do comando da Força Portugesa no Líbano

O Governo Português anda a tratar a questão, sensível , do comando das tropas portuguesas destacadas para o Líbano, de forma muito cautelosa.

Mas é claro que José Sócrates já sabe que é Espanha que vai comandar as nossas tropas.

Mas faz de conta, que não sabe ainda, que é a ONU a decidir quem comanda. O Governo está a fazer o lastro , a ver como as modas param para depois apresentar como facto consumado o comando espanhol.

É um erro, grosseiro, tremendo. Mais grave do que a GNR em Timor ficar sob comando australiano.

Se as nossas tropas tiverem de ficar sob comando espanhol, então
Portugal não deve enviar tropas para o Líbano.

Vamos deixar-nos de ingenuidades e malabirismos linguísticos.

Portugal tem um inimigo desde 1143, Castela, ou seja, o actual Reino de Espanha.

As nossas tropas nunca, em circusntância alguma, devem ficar sob comando espanhol.

Sou claramente a favor da participação portuguesa no Líbano. Ela está consagrada no Documento de Orientação Estratégica da Política Externa , publicado no DR I Série -B , de 22/12/2005, deniminado " UMA VISÃO ESTRATÉGICA PARA A COOPERAÇÃO PORTUGUESA".

O Norte de África é vital para a nossa defesa e para a política externa portuguesa.

No entanto, Portugal tem uma história de quase 900 anos e sempre feita contra Espanha.

Somos uma Nação diferente, temos de assumir e orgulhar-nos da nossa independência.

Espanha é o inimigo. Foi, é e será. José Sócrates nunca foi à tropa, a maior parte dos membros do Governo não tem a sensibilidade necessária para as questões de Independência Nacional.

Há a União Europeia, os negócios, as negociatas através da Maçonaria para a Integração Ibérica. Mário Soares foi aliás claro na última entrevista ao DN!!!

Os portugueses devem ser muito críticos, exigentes e usar a desobediência cívil sempre que estejam em causa valores sagrados da nossa Independência.


Se a ONU quiser impor o comando espanhol Portugal não deve enviar tropas para o Líbano.

Isso mesmo foi fazer sentir em carta a Sua Excelencia o Presidente da República.