José Maria Martins

Blogue do advogado José Maria Martins

quinta-feira, agosto 25, 2005

A Política Externa de Portugal/ Olivença na agenda politica

Questão de Honra e Orgulho Nacional

Hoje o jornal "Le Monde" dedica um espaço aos fogos em Portugal. Duas coisas ressaltam: O facto de ser considerada ,internacionalmente, a região Centro/Norte de Portugal como das mais POBRES da Europa; Que a área ardida é, segundo a Comissão Europeia, de mais de 221.000 Hectares, muito mais que os 180.000 que o Governo indicou.

1 - A responsabilidade de Mário Soares na miséria que é Portugal de 2005

Se a região Centro/Norte de Portugal é das mais pobres da Europa, então temos de convir que à excepção da Zona de Lisboa e Vale do Tejo o país é o mais pobre da Europa.

Arrepiante, aterrador!

Um dos grandes responsáveis por esta situação é Mário Soares. Não vale a pena escamotearmos a realidade. Mário Soares em 1977/78 dizia : "A Europa Está Connosco". Era verdade.

Mas Mário Soares e seus companheiros de rota não estiveram com a Europa. Tornaram Portugal um país mais periférico e pobre.Quando tinham tudo , todos os apoios para tornar Portugal ium paraíso desenvolvido, com padrões de vida elevadissimos.

Só a incompetência, a irresponsabilidade, a corrupção, o compadrio, o tráfico de influências , a total incapacidade de Mário Soares determinaram que Portugal não tenha dado o salto como deram a Irlanda, a Grécia, a Espanha.

Mário Soares foi um político situacionista. Os portugueses só a partir de 1993 tiveram um combate efectivo aos bairros de lata. Os políticos europeus, aqueles que apoiaram Màrio Soares e viabilizaram a adesão à então CEE, antes mesmo de aterravam em Lisboa viam :O aglomerado de bairros de lata e de miséria humana que representavam os bairros da Musgueira/Galinheiras/Quinta Grande/Prior Velho/Bairro Chinês/Pedreira dos Hungaros/Altos Barronhos/Santa Catarina, que se viam do ar!!!

Mário Soares e a mulher, a Drª Maria Barroso, viviam na Lua. É histórico o facto de que enquanto morriam pessoas de fome na zona de Setúbal, Maria Barroso dizer que não havia fome em Portugal! O que mereceu a célebre resposta de D. Manuel Martins, Bispo de Setúbal , quando retorquiu, indignado, que não havia fome na casa dela, leia-se de Mário Soares e Maria Barroso.

É o mesmo Mário Soares que agora quer ser o D. Quixote do P.S. , regressando do passado para projectar no futuro a mesma coisa.

Mário Soares é um dos grandes responsáveis pela estagnação económica, pelo sempre presente recurso à emigração que se tornou fado dos portugueses.

Mário Soares em nada contribuiu para o 25 de Abril de 1974. Nada mesmo.

Foi a guerra colonial que determinou a deposição de Caetano e Américo Tomaz.

2 - Olivença terra Portuguesa

Mário Soares e Jorge Sampaio nunca lutaram para que a "Questão de Olivença" fizesse parte da agenda política.

Quer um quer outro agiram, omissivamente, por medo de afrontar Espanha.

Mas a "Questão de Olivença" é uma questão nacional. Não podemos continuar a fingir que a "Questão de Olivença" não existe.

Olivença foi separada do território nacional por um acto bélico, pela invasão de 1801 e ainda hoje permanece sob domínio espanho.Ilicitamente.

O Presidente da República Portuguesa nunca pooderá ser respeitado em Espanha se não houver a coragem de durante o seu mandato Portugal pressionar Espanha para discutir esta questão.

São os superiores interesses nacionais, a nossa honra enquanto Povo, o nosso orgulho enquanto Estado ,que está em causa.

Zapatero logo que eleito exigiu ao Reino Unido a devolução de Gibraltar, conquistado no século XVIII a Espanha.

Espanha a cada momento coloniza-nos, ofende o nosso orgulho enquanto Povo, toma conta de Portugal e impede o nosso desenvolvimento .Isso permanecerá eternamente enquanto Portugal se acobardar na defesa dos interesses nacionais.

Reivindicar Olivença e seu termo é um imperativo nacional. Decorre do Direito Internacional que está do lado de Portugal e exige-o a Constituição Portuguesa. Todos os que conhecem a questão e problemática de Olivença sabem que hoje não se resolve pela via das armas, mas pela via do diálogo diplomático, da força dos argumentos e do direito internacional.

O que não podemos admitir é que o próprio Presidente da República e o Primeiro Ministro, seja de que partido for , e seja a personalidade que for, actuem envergonhadamente, fingindo que não sabem o que se passa . E menos podemos tolerar que mandem a GNR atacar manifestantes - como mandaram - quando o Rei de Espanha foi visitar a Barragem de Alqueva. A cobardia política é tão grave como a irresponsabilidade política.

Vamos lutar por Portugal, pelo nosso orgulho e honra enquanto Povo e enquanto Estado Soberano, dos mais antigos da Europa, com valores.

Exijamos novos políticos, nova praxis política, ética e verticalidade.